Alguns tumores de testículo são raros e prevalentes em homens entre 15 a 35 anos de idade e quando diagnosticados no início apresentam alta possibilidade de cura. De acordo com registros da Sociedade Brasileira de Urologia, são registrados 2,2 casos a cada 100 mil homens no Brasil.
O testículo é um órgão composto por diferentes tipos de células, as quais podem gerar diferentes tipos de tumores, cada um com um comportamento peculiar, com maior ou menor chance de ser benigno.
Tumores como os das células de Leydig, um dos tantos tipos que podem ser encontrados, representam de 1 a 3% de todos tumores testiculares. São mais comuns em adultos, porém também podem ocorrer em crianças. Nos homens adultos, somente 10% deste tipo de tumor são malignos, raramente se espalham para outras partes do corpo e podem causar a redução da libido e/ou queda de pêlos e aumento das mamas (ginecomastia).
Diferentes sintomas podem levar ao dignóstico de um tumor de testículo. Eles podem ser resultado da presença de metástase em outros órgãos quando a doença está numa fase avançada. Alguns pacientes podem desenvolver perda de peso associado ao aumento de volume testicular indolor. Outro sintoma que pode ocorrer é a ginecomastia (aumento das mamas) causada pelo aumento de produção de estrógenos ou por deficiência da formação de andrógenos.
Quando o homem encontra um nódulo no testículo, mesmo que indolores, deve procurar um médico Urologista para a investigação desta condição. Com exames de imagem, como ultrassom escrotal, o médico poderá realizar o diagnóstico e conduzir o paciente para o tipo de tratamento mais adequado para cada caso.
O tratamento será indicado de acordo com o estágio da doença e, geralmente, a conduta inicial é a realização de uma cirurgia, quando, através de um pequeno corte no abdome o testículo é exposto e então realiza-se a biópsia no mesmo instante. Se o resultado por positivo para câncer, o testículo é retirado, o que não interfere na função sexual ou reprodutiva do homem, caso o outro testículo esteja normal. Em alguns casos duvidosos, realiza-se uma biópsia no mesmo instante da cirurgia definindo pela remoção, ou não, do testículo. O paciente deve ser acompanhado para verificar a necessidade de outras terapêuticas complementares, como radioterapia ou quimioterapia.
Da mesma forma que as mulheres realizam o autoexame da mama, os homens devem apalpar os testículos e observar possíveis alterações na região, pois quando a doença é detectada precocemente as chances de cura são muito maiores. Ao perceber qualquer alteração de volume ou peso nos testículos procure um Urologista, fique atento aos demais sintomas e lembre-se: quanto mais cedo descoberto qualquer tipo de tumor, maiores a chances do tratamento ter bons resultados.
Tumores como os de testículo são raros, porém outros tipos de tumores urológicos são mais comuns, como o câncer de próstata, portanto não deixe de realizar exames de rotina e manter as consultas médicas em dia: a prevenção é sempre a melhor escolha.
Confira também o infográfico: Como Identificar o Câncer de Testículo, clicando aqui.
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